O Clube de Criação do Rio de Janeiro (CCRJ) deve convocar, em junho, os criativos cariocas a montarem suas chapas para a disputa de quem comandará a entidade nos próximos dois anos.
Mas o atual presidente, Pedro Portugal (foto), alerta que, diferentemente do que aconteceu em 2017, durante a festa do Colunistas Rio — quando o presidente anterior, José Luis Vaz, fez a passagem do cargo –, a próxima diretoria não deverá assumir o controle da associação no mesmo ano da eleição:
“Estamos preparando para propor aos criativos cariocas uma série de mudanças no estatuto do clube, principalmente para simplificar a administração, ainda muito cheia de regras”, diz Portugal, que acredita ser mais conveniente mudar a posse para acontecer automaticamente no primeiro dia do ano seguinte à eleição, sem necessidade de festa ou cerimônia pública. Com isso, a eleição para a sucessão da atual diretoria, apesar de convocada em junho, deverá acontecer apenas em setembro.
Inacreditavelmente, o CCRJ ainda mantém como regra considerar como associado — e com direito a voto nas assembleias e eleições — quem comprar o seu anuário. Esse processo — que não identifica claramente quem está ou não no escopo da associação — já foi responsável por crises históricas do clube, como a de 2009, quando o praticamente desconhecido Tadeu Vieira, por contar com os votos de vários “compradores-de-anuário” venceu a disputa contra a chapa liderada por Alexandre Motta e Paulo Castro, dois tradicionais criativos do mercado.
O resultado da adoção desta norma, é que, como na gestão de José Luis Vaz não houve a publicação de nenhuma anuário — o último, chamado de “Melhor do Rio 10”, foi lançado na gestão de Luis Claudio Salvestroni –, o CCRJ atualmente sequer tem oficialmente associados, apenas diretores.
Pedro Portugal, no entanto, não se sente desanimado. O criativo, que dirige a criação da agência carioca Wide, está mobilizando seu grupo para sair com o “Melhor do Rio 11” ainda nos próximos meses. “Não estamos parados. Temos agências nos apoiando gratuitamente, como a 3AW, a Camisa 10 e a própria Wide, e já estamos conversando com outros apoiadores para viabilizar nosso projeto”, garantiu.